Quando eu andava no liceu em Angola, havia uma disciplina chamada Religião e Moral, e outra chamada Canto Coral (canto no curral). Havia uma certa preocupação em ensinar moral e religião. É claro que isso deu em nada, e hoje não há nem moral nem religião. A esquerda progressista certificou-se de acabar com as duas coisas.
Eu por mim não me faz falta porque não dependo de um conjunto de regras e leis exteriores a mim para me guiar. Digamos que eu transcendi isso tudo. Sinto compaixão dos que sofrem de depressões, medo, e sofrimentos mentais e daria tudo e ainda dou para aliviar a dor do meu próximo que é também a minha.
Essa é a minha meta e a minha paixão, é a razão pela qual eu vim ao mundo e não sairei até que tenha cantado a minha canção. As pessoas conseguem sobreviver a qualquer coisa quando sabem que ainda não fizeram o que tinham para fazer e que há algo totalmente importante à espera delas. É um conhecimento que está impresso dentro de cada um. É quase como se a minha função tivesse sido impressa em mim à nascença ou criação e para isso eu nasci e para isso vim a este mundo.
Não há tempo a perder. É a coisa mais importante de todas.
Quando eu vi a torres gémeas cairem em Nova Iorque (11 de Setembro de 2002) e todo o mundo viu porque foi transmitido ao vivo nas cadeias de televisão mundiais, eu sabia que não havia tempo a perder. Era preciso agir e encontrar o meu destino. Nada era mais importante do que isso, nada mais! A partir desse dia saí à procura e estou no caminho certo. Deixei família, filhas, trabalho, e todas as posses que tinha, e puz em primeiro lugar aquilo que vale mais do que a vida.
Vivo cada dia com intensidade para aprender o que tenho mesmo que saber, fazer o que tem mesmo que ser feito e acima de tudo estar, ser eu mesmo. Não aprendi isto nos livros, na universidade ou com os meus pais, já está impresso em mim desde sempre.
Faço cada dia o que tenho que fazer. E se me dissessem que vou morrer amanhã continuaria a fazer hoje o que sempre faço, porque já faço o melhor que pode ser feito. E não me refiro a obras de tipo algum, mas tal como Jesus disse, eu digo também: a minha comida é fazer a vontade d'Aquele que me enviou.
Monday, 30 December 2019
Monday, 23 December 2019
O que quer dizer PERDOAR?
Há uma dificuldade em entender o que quer dizer perdoar. Agora vamos limpar a lixeira ligada à palavra "perdoar" e deixá-la limpinha para que quando ouvirmos outra vez coisas como "é preciso perdoar", "não consigo perdoar", "perdoo mas não esqueço", "perdoa-me o que eu fiz", etc consigamos entender qual é a ação ligada ao verbo "perdoar".
Muito bem, imagina que tens um passarinho numa gaiola em tua casa há algum tempo. Um dia abres a gaiola de propósito e deixas o passarinho voar. Estás a perdoar a esse passarinho. Estás a deixar de querer controlá-lo e dizer-lhe onde ele tem que estar, como tem que ser e como tem que agir para teu bel prazer. Agora não te interessa mais onde ele vai, o que faz e como faz. Ele é livre e tu és livre também junto com ele.
Ou seja, perdoar é libertar, é deixar ir, é deixar passar e dar liberdade sem restrições e com toda alegria. Perdoar implica esquecer, porque simplesmente deixas de pensar nisso e naturalmente esqueces.
Mas julgar é uma tentativa de manter a pessoa julgada dentro de uma gaiola ou jaula. E com isso eu perco a minha própria liberdade também porque tenho que ficar ali para não deixar a pessoa fugir. Esse é o inferno que nós próprios criamos para nós mesmos, voluntariamente. Mas o céu que criamos para nós mesmos é não julgar, perdoar, deixar passar...
E muita atenção, não fazemos isso para sermos melhores do que os outros, ou para aprendermos a nos comportar de uma certa maneira louvável para a comunidade, ou para criarmos certas virtudes e para sermos vistos pelos outros e admirados. Não, não, não. Eu estou a falar de liberdade verdadeira. Não me interesso se sou bom ou mau, se gostam ou não de mim, essa não é a minha motivação. Meu único propósito é ser feliz, nada mais!
A procura da felicidade é a mola para encontrar a liberdade total. É muito importante procurarmos a felicidade. Pelo menos já sabemos onde ela não está, temos tentado tanta coisa sempre com o mesmo resultado. Ela existe e não está onde temos procurado. Aqui vai uma dica: não está em nada que seja externo a ti. Não tens que ir para lugar nenhum especial, aí mesmo onde estás é também onde ela está porque está contigo, dentro de ti, em ti. E se queres saber, o primeiro passo é este: Perdoar, ou seja, soltar, deixar ir, desligar, aceitar, deixar passar sem julgar.
Não estás sozinho, vais conseguir.
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